Champanhe X Espumantes
Como dizia Napoleão Bonaparte sobre esse néctar Divino, o Champanhe :
” Na vitória merecemos e na derrota precisamos “
E quem não concorda? , mas a realidade é que precisa- se de um pouco mais de informação para escolher bem seu espumante.
O Champanhe é imitado no mundo inteiro, mas sua nomenclatura pertence á sua região de origem.
As uvas utilizadas são 3: a branca chardonnay e as tintas pinot noir e pinot meunier.
O método de vinificação é o ” método champenoise , também chamado de clássico ou tradicional. É o considerado o de melhor resultado, obtido através de uma segunda fermentação na garrafa, que é feito adicionando açúcar e leveduras ao vinho branco tranquilo ( sem efervescência ) , produzindo gás carbônico , o qual aprisionado na garrafa , torna o vinho espumante.
Este método gera um vinho mais fino, intenso, persistente na boca e com um “perlage” , as famosas borbulhas mais persistente, abundante e fino.
O famoso prosecco, é obtido através do método ” charmat” , onde a segunda fermentação não acontece na garrafa, mas em grandes tanques fechados. É um processo mais rápido e menos custoso, normalmente a qualidade nunca será a mesma de um champanhe. Mas como toda regra tem exceção , mais vale um bom espumante ou prosecco que um champanhe medíocre.
Os famosos CREMANTS, são feitos á partir do método ” champenoise” , a diferença é a região de origem : Loire, Alsace, Bourgogne, Jura. Os Cremants ficam no mínimo 15 meses envelhecendo antes de serem conercializados, já os champanhes 18 meses. Viu ?, a diferença é mínima, portanto fica a dica, se você é consumidor regular , vale começar a experimentar . Existem excelentes produtos no mercado, escolha bom produtores e seja feliz.
Uma unanimidade entre todos eles, é que uma vez comercializados, eles estão prontos pro consumo, não vão melhorar nada envelhecendo na sua adega ou prateleira. É simples, todo vinho é um ser vivo como nós, e a rolha funciona como seu ” pulmão” permitindo uma troca com o ambiente , isso é válido para vinhos tranquilos , já os champanhes e espumantes, perdem a ” efervescência ” com o tempo. Então, se você esperar muito tempo, corre o risco de tomar um vinho branco ” tranquilo” , sem a ” finesse do perlage“
Quanto aos espumantes nacionais , temos o sorte de o Brasil ser um ótimo produtor, agora que você já sabe a diferença entre os métodos “champenoise” e ” charmat” pode fazer suas escolhas sem surpresas. SANTÉ!!
Um pouco sobre Marina Giuberti:
Entrei no mundo da enogastronomia, através da nutrição, me formei na USU-RJ, e atuei no gerenciamento, elaboração de menus e cartas de vinhos no Rio de Janeiro. Em 2005 me mudei pra Itália, pra cursar o Mestrado em “Food & Wine” do ICIF no Piemonte, de lá atuei em alguns restaurantes estrelados. No final de 2006 me mudei pra Paris, com o convite de ser chefe de cozinha em um restaurante italiano, continuei depois em restaurantes franceses, e me formei em sommelier aqui, obtendo depois o BEP, foram 2 anos de muito estudo e trabalho. Hoje, sou proprietária de uma enoteca em Paris, a Divvino (www.divvino.com). Além disso, ministro cursos de vinhos. Ah, e sou mãe de gêmeos, a prova de que tudo é possível e o tempo é seu aliado. Vamos brindar a vida e aos bons momentos! Dividirei com vocês o meu universo do vinho.