Entrevista com o Chef Guga Rocha

Nascido no estado de Alagoas, Guga Rocha virou chef por acaso...

Nascido no estado de Alagoas, Guga Rocha virou chef por acaso. Atuou na área de Direito, Administração… e já foi até vocalista de uma banda de rock. Já em São Paulo com sua banda e sem dinheiro, procurou emprego em um restaurante como ajudante de cozinha… estudou gastronomia e tornou-se Chef.

Em 2010 o chef ganhou notoriedade com quadro Super Chef do programa Mais você, da Rede Globo. Após, em 2011, comandou o quadro Blitz do Chef no mesmo programa e, em 2012, virou um dos apresentadores do Homens Gourmet, do canal FOX Life. Além da carreira da televisão, Guga realiza eventos nacionais e internacionais e tem uma empresa de consultoria. Recentemente escreveu o livro “Receita para Pegar Mulher”. Com cursos no currículo em diversos países como Itália, Portugal, Espanha, Tailândia, Canadá, Grécia, Bali, Mônaco, Uruguai, Argentina e França. Pesquisador incansável detém hoje a mais importante pesquisa sobre cozinha quilombola do país e criou o que chama de Cozinha Tropicalista.

Guga busca a união do clássico e do contemporâneo de forma harmoniosa e tem como lema: Cor, sabor, perfume, textura e surpresa. O Brasil na raiz e o mundo na cabeça.

Confira abaixo a entrevista que o Receitas e Temperos fez com esse Chef super simpático e alto astral.

Parte 1: ENTREVISTA:

1 –      Você começou na cozinha por acaso. Acredita que o destino tinha esse caminho reservado para ti?

R: Venho de uma família na qual a cozinha é a parte mais importante da casa. Minha avó paterna era chef confeiteira e na minha casa todo mundo gosta muito de cozinhar. Essas referências são muito fortes em minhas memórias afetivas. E claro que isso de alguma forma me levou a trilhar esse caminho. Sempre digo, cozinha não é profissão é sacerdócio de amor e dedicação.

2-      Houve algo marcante para essa tomada de decisão para um novo rumo?

R: Não foi um acontecimento, foi o caminho que trilhei. Era músico e as dificuldades me obrigaram a procurar um “day job” e o que fazia melhor era cozinhar, a cozinha me salvou.

Sempre tento relevar as dificuldades e não remoer problemas amplificando as dificuldades. Sou um otimista por natureza e batalho cada dia seguindo meus ideais com humildade e sem medo de encarar a vida. Passei por muitas horas difíceis, me fiz sozinho e sofri muito na minha trajetória mas é em fogo que se forja o aço das facas mais afiadas.

3-      Quando começou sua carreira, você tinha algum ídolo culinário ou algum modelo desse tipo de profissional em mente?

R:  Não tenho ídolos. Acho que toda e qualquer pessoa tem algo importante para nos ensinar, gosto da expertise humana do savoir faire. Aprendo da mesma forma com um chef 3 estrelas Michelin ou uma cozinheira no quilombo de Muquem. Gosto de gente.

4-      Quem mais te incentivou a seguir em frente com essa profissão?

R:  Minha família toda sempre me deu força em ser cozinheiro.

5-      Você se considera uma pessoa feliz e realizada?

R: Felicidade é o caminho e não a chegada. Tento me sentir realizado com coisas simples como o sorriso de minha esposa ou um prato novo que degusto, na vida as coisas mais simples são as que mais trazem recompensas. Quem busca só o pote de ouro não vê a beleza do arco-íris.

6-      Atualmente, como funciona sua rotina?

R: Funciona assim: – Não tenho rotina. Minha vida é o caos… Viajo metade do ano, trabalho em horários loucos e o tempo todo. Sou viciado em trabalho e faço com muito prazer.

7-      Em que momento você sentiu que estava no caminho certo e as coisas começaram a acontecer com sucesso?

R: Sempre falo em minhas palestras (para contratar [email protected] hehehe), que quando se trabalha sério, com garra e se prepara de verdade para a batalha a vitória é questão de tempo. Se você espera sempre o “momento certo” a “hora mágica” vai ficar na praia vendo o barco zarpar. Faça o seu momento agora, acredite, levante e lute.

8-      Você fez cursos em diversos países. Com qual cozinha você mais se identificou? Explique.

R: Brasileira sempre, mas em todos os lugares onde fui, já viajei para mais de 20 países, sempre trago algo novo para misturar na minha panela. Na verdade culinária brasileira já é resultado de miscigenação então o que faço é uma continuação logica da minha evolução como chef e da minha cozinha de base brasileira.

9-      Nas horas livres, qual é a sua principal diversão ou o que te dá mais prazer?

R: Escrever, atualmente estou trabalhando em 3 livros de assuntos completamente diferentes. Jogar vídeo games. Cuidar da minha horta. Testar equipamentos de cozinha e gadgets. Viajar muito e, óbvio, COMER!

10-   Se você não fosse Chef, o que gostaria de ser?

R: Governador de Alagoas.

11-   Quais são seus projetos para o presente e futuro?

R: Vide resposta numero 10. kkkkkk

Sou viciado em trabalho e estou fazendo muitas coisas para esse ano: escrevendo 3 livros, gravei piloto para 4 programas, vou me dedicar mais a televisão com certeza. E ainda este ano terei novidades para a internet.

12-   Qual o seu recado para quem está começando nessa área?

R: Quem não arrisca não petisca, quem não arrisca nem faz petisco. (Não resisti ao trocadilho)

Minha dica é: Seja você mesmo!

Estude, pratique a repetição, seja curioso e não tenha medo de ousar.

Leia muito, não falo apenas livros de cozinha, leia para se tornar culto pois a sabedoria histórica é a maior aliada de um profissional seja ele qual for.

Não faça versões pioradas de grandes chefs, aprenda a BASE da cozinha antes de querer ser o Ferran, trilhe seu caminho, ninguém vai ser o Alex Atala, pois ele é ele mesmo. Tenha sua história e siga seus instintos que tudo vai dar certo.

13-   O que você acha que aconteceu no Brasil para a gastronomia brasileira ficar em evidência?

R: Isso é um acontecimento mundial. Os países estão valorizando sua própria culinária cada vez mais e o Brasil não podia estar fora dessa.

E eu tenho uma teoria que falo sempre que é:
A cozinha é a ultima ligação do homem com a natureza em uma grande cidade. Tocar em algo vivo, que nos alimenta o corpo e a alma é mágico.

14-   O que a gastronomia brasileira, que os outros países não tem?

R: Somos um país continental, com uma cultura rica e diversa e o mundo quer nos conhecer, mas antes nós mesmos temos que nos conhecer para poder nos apresentar ao mundo de verdade. Temos ingredientes, produtos e pratos incríveis para mostrar ao mundo. A biodiversidade, e não o petróleo, é nossa maior riqueza.

15-   Qual a sua inspiração para criar o que chamam de “Cozinha Tropicalista”? No que ela consiste e quais seus diferenciais?

R: A inspiração é fruto de minha continua pesquisa da cultura nacional aliada a uma curiosidade pela diversidade e exotismo da gastronomia mundial.

Com essas fontes de inspiração, formatei o que chamo de Cozinha Tropicalista. Estilo culinário semelhante à ideia do movimento tropicalista só que se utilizando da influencia das correntes gastronômicas nacionais e estrangeiras; misturando-as com manifestações tradicionais da cultura brasileira e inovações culinárias de ponta.

Parte 2: PANELA DE PRESSÃO:

(O Receitas e Temperos começa a frase e o Chef completa)

1-      Eu sou….. Guga Rocha

2–      O que eu mais gosto de preparar é…….. Comida

3-      Eu adoro comer…….. Comida

4-      A melhor comida para mim é….. A próxima

5–      O prato que eu fiz que mais recebeu elogios foi…… Ultima ceia de natal na casa da minha mãe.

6-      Na cozinha, os ingredientes indispensáveis para mim são….. Curiosidade.

7–      O utensílio que eu mais uso é……. Faca de chef.

8–      Comida brasileira é……. Parte da minha alma.

9-      Minha principal descoberta na gastronomia foi….. A cozinha quilombola.

10-   Eu adoro cozinhar porque…… Gosto de fazer as pessoas mais felizes.

Parte 3: RECEITA:

E para finalizar com chave de ouro p Chef Guga Rocha compartilha com a gente uma deliciosa receita. Confiram e preparem em casa!

FRANGO CORDON BLEU COM RISOTO DE CEVADINHA

Tradicional receita francesa de frango recheado com um risoto de cevadinha mega fácil 

Entrevista com o Chef Guga Rocha

Ingredientes:

  • 100 g de presunto
  • 200 g de queijo gouda
  • 2 peitos de frango desossados
  • 2 ovos
  • 100 g de farinha de trigo
  • 200 g Farinha de rosca
  • Óleo de canola para fritar
  • Mix de ervas frescas para decoração
  • Palitos de dente
  • Sal e pimenta do reino

Modo de Preparo: 

Faça uma abertura no meio de cada filé começando pela parte mais larga;

Tempere com sal e pimenta;

Faça rolinhos de presunto e queijo gouda e introduza na cavidade dos filés;

Feche com palitinhos de dente;

Passe o frango na farinha de trigo, no ovo e na farinha de rosca e frite em óleo de canola em fogo médio.

Risoto de cevadinha

Ingredientes:

  • 1 colheres de sopa de azeite de oliva
  • 2 dentes de alho amassados
  • 1 cebola grande picada
  • 2 xícaras de chá de cevadinha lavada e escorrida
  • 4 xícaras de chá de água
  • 1 xícara de chá de vinho branco seco
  • Suco de 1/2 limão
  • Queijo tipo parmesão ralado a gosto
  • 1 colher de chá de manteiga
  • Qb sal e pimenta do reino

Modo de preparo
:

Na panela de pressão doure o alho e a cebola no azeite;

Adicione a cevada e frite rapidamente;

Tempere com o sal e pimenta e junte a água;

Tampe a panela e cozinhe por 20 minutos depois que começar a pressão;

Espere que a panela esfrie, abra e junte então o vinho e refogue até o excesso de líquido se evaporar;

Quando estiver quase seco junte o queijo e a manteiga e sirva.

 

Receita cedida pelo Chef Guga Rocha

www.supergourmet.com.br

O Receitas e Temperos agradece a atenção e a entrevista!

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